O spread é um elemento da taxa de juro que é definido individualmente por cada banco num empréstimo habitação
Para quem recorre a crédito habitação para comprar casa, existem indicadores que devem ser avaliados atentamente antes de dar este passo. Até porque a compra de imóvel constitui, porventura, a decisão mais importante da vida financeira do consumidor ou agregado familiar. Um desses indicadores é o spread.
Este e outros termos financeiros integram o quotidiano de muitas famílias que estão a sentir o impacto da subida da Euribor nos seus créditos e uma das formas de o mitigar é avaliar as condições negociadas, nomeadamente do spread, reduzindo-o, sempre que possível.
Com a subida das taxas Euribor assistimos ao crescimento da concessão de crédito à habitação com spreads tendencialmente mais baixos. Como estas matérias influenciam o nosso orçamento, devemos manter-nos atentos e informados.
Mas o que é o spread?
O spread é uma componente da taxa de juro relativa ao crédito à habitação, mas, pelo peso que tem no montante de juro que se paga ao banco pelo empréstimo, não deve ser desvalorizado.
Na atual conjuntura de aumento da Euribor, com a subida da prestação de crédito à habitação com taxa variável, e o spread sendo parte integrante do juro que cresce com este indexante merece especial atenção. As famílias devem analisar os seus créditos e o spread que estão a pagar, verificando se este estará ajustado à sua situação.
Como é determinado o spread?
O spread é livremente definido pelo banco caso a caso e contrato a contrato.
Para tal, o banco avalia o perfil do consumidor e o risco associado ao financiamento, tendo em consideração, por exemplo, a sua capacidade financeira, o montante global do financiamento, a existência de outras responsabilidades de crédito e o peso do empréstimo comparado com o valor do imóvel.
O spread contratado vai vigorar, em princípio, ao longo do prazo de maturidade do empréstimo, porém se houver incumprimento por parte do devedor, por exemplo, poderá ser agravado.
Conhecer a oferta do mercado
Para quem contratou crédito habitação há mais de 10 anos é possível que esteja a pagar um spread elevado, se comparado com o praticado atualmente no mercado.
Hoje há ofertas bancárias com spreads abaixo de 1% no crédito habitação, como seja de 0,85%. ,
Estes valores mais baixos não se aplicam a todos os contratos de crédito à habitação, todavia as famílias que suportam spreads altos podem tentar renegociar com o banco melhores condições e assim acomodar o impacto do aumento da taxa de juro no seu orçamento.
Pode renegociar o spread, mas atenção!
Se está a renegociar, lembre-se de avaliar bem antes de aceitar qualquer proposta que lhe seja feita, nomeadamente de subscrição de produtos ou serviços, como seguros de saúde, PPR ou até trens de cozinha, purificadores de água e vinhos. À DECO têm chegado várias denúncias relativamente à atuação de alguns bancos dispostos a renegociar desta forma. Portanto, aconselha-se a ponderação da utilidade e interesse dessas propostas. utilidade e interesse.
O spread é, em termos simples, a margem de lucro do banco. Assim, perante a redução do spread, algumas instituições de crédito tentam compensar a perda dessa fatia de lucro p com vendas facultativas associadas. facultativas.
A DECO recomenda que reveja as condições do seu crédito à habitação e equacione eventuais alternativas mais favoráveis, antecipando futuras subidas da Euribor.
Renegociar o spread é uma das soluções, mas poderá, também, avaliar a transferência do contrato de crédito, ou a mudança para uma taxa fixa ou mista, o alargamento do prazo, entre outras possibilidades.
O nosso conselho: Não se precipite! Antes de dar qualquer passo, aconselhe-se, peça propostas, avalie as vantagens e inconvenientes de cada uma e decida em consciência.
Quer saber qual a melhor opção para a sua situação?
O Gabinete de Proteção Financeira dá-lhe orientação. Fale com os nossos especialistas através do número 213 710 238, ou envie-nos as suas dúvidas para o email: protecaofinanceira@deco.pt .