Alterações climáticas: o seu município está preparado?
A DECO analisou as medidas dos municípios para enfrentar as alterações climáticas. Confira os resultados, avalie e diga-nos o que o seu município pode fazer por si. Ajude-nos a prepará-lo para as alterações climáticas!
Porque é que este assunto é importante para si?
Portugal é um dos países europeus mais vulneráveis aos impactes das alterações climáticas e é nas cidades e vilas que os cidadãos vivenciam em primeira mão estes efeitos, sobretudo quando os mesmos implicam a perda de biodiversidade e crises de saúde pública.
As autarquias locais, mais próximas dos consumidores, são as que melhor conhecem a sua realidade e que conseguem implementar medidas para proteger eficazmente os cidadãos e os ecossistemas. Se nada for feito face às alterações climáticas, os consumidores continuarão a suportar os seus efeitos, com menor disponibilidade de recursos naturais, o que terá impacto direto na alimentação, energia, água, saúde e qualidade de vida.
O que já fizemos?
No âmbito da 26.ª Conferência das Nações Unidas, a DECO pediu aos municípios que partilhassem as suas decisões e opções previstas para preparar, envolver e proteger os consumidores face às alterações climáticas.
18 municípios responderam, o que nos levanta uma pergunta: será que o consumidor está a ser preparado, envolvido e protegido face às alterações climáticas?
Para responder a esta pergunta, analisamos os sites dos municípios para perceber se os consumidores têm informação sobre as medidas que estão a ser desenhadas pelo poder local na transição climática. Os resultados demonstram que este é ainda um caminho lento face a uma necessidade urgente: envolver o consumidor na discussão e implementação dos planos de adaptação às alterações climáticas.
O seu município está preparado? Avalie a sua atuação
Consulte o mapa interativo, avalie e confira também a avaliação da DECO ao site do seu Município.
- Impactos das alterações climáticas no concelho:
- Medidas implementadas no concelho:
- Pegada ecológica do concelho:
- Plano de adaptação às alterações climáticas:
- Disponível no site:
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Com a sua partilha a DECO vai exigir à câmara municipal que torne o seu município mais sustentável.
O que o seu município pode fazer por si?
O município só muda consigo. Participe nesta ação e faça parte da mudança!
O que concluímos
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O que queremos em 5 áreas!
FAQS
É um instrumento desenhado por um município que estabelece um roteiro estratégico de adaptação aos riscos climáticos, concebendo as linhas mestras que orientarão a sua atuação.
Este plano permite a cada um dos municípios selecionar as ações que terá de implementar para se adaptar individualmente aos riscos climáticos atuais e futuros.
Sim, os municípios têm a obrigação de adotar mecanismos de adaptação que promovam a resiliência dos seus territórios e segurança das suas populações.
Compete aos órgãos de poder local o dever de sistematizar o conhecimento climático, definir e indicar opções de adaptação a nível municipal, bem como informar e mobilizar a comunidade através de um conjunto de medidas e ações identificadas para diferentes setores prioritários.
Sem prejuízo de o município poder integrar um Plano Intermunicipal, a DECO entende que é necessário que as autarquias disponham de soluções locais para responder aos efeitos das alterações climáticas detetados no concelho. Assim, os municípios deverão identificar as suas vulnerabilidades climáticas, os impactes já ocorridos e as projeções climáticas que afetam ou afetarão o concelho. No âmbito das suas atribuições e competências, devem aprovar nas assembleias municipais o Plano Municipal, onde estarão refletidas as medidas necessárias para colmatar os problemas identificados.
Sim, com a publicação da Lei de Bases do Clima, em vigor desde fevereiro, existe efetivamente a obrigatoriedade e responsabilidade de todos os municípios terem, até final de 2023, um plano municipal de ação climática aprovado. Esta lei tornou Portugal o primeiro país a declarar “o clima como património da humanidade”.
Embora os programas e estratégias nacionais de adaptação às Alterações Climáticas não definam uma consequência para o não cumprimento do plano, a recente Lei de Bases do Clima refere expressamente que as ações ou omissões danosas que acelerem ou contribuam para as alterações climáticas são geradoras de responsabilidade, prevendo-se a aprovação de um regime que sancione as práticas lesivas para o clima. Tal responsabiliza os municípios pelas medidas que possam violar esta lei no que concerne às alterações climáticas.
A Lei de Bases do Clima prevê expressamente como um direito dos cidadãos a sua audição na elaboração e revisão dos planos de ações climáticas. A participação pode ocorrer através do envio de contributos escritos, numa fase de consulta pública, disponibilizando para o efeito toda a informação necessária, mas, também pode ocorrer no âmbito de sessões de esclarecimento que promovam a discussão de ideias entre os cidadãos e os decisores políticos locais.
A Pegada Ecológica é um indicador de sustentabilidade ligado a um produto, serviço ou comportamento, o qual se reflete na utilização e manutenção dos nossos recursos naturais. A DECO defende a necessidade da existência de indicadores municipais que possam medir a atuação das comunidades locais e o seu impacte no meio ambiente. Por esse motivo é importante medir os resultados das ações dos municípios na preservação do meio ambiente, ações essas fundamentais para prevenir, mitigar, adaptar e responder às alterações climáticas.
A DECO pretende que os municípios definam e implementem os seus Planos de Adaptação às Alterações Climáticas e que os mesmos incluam os cidadãos e as suas organizações representativas nas suas ações, garantindo um envolvimento ativo da comunidade e permitindo, assim, consciencializar os consumidores e dinamizar a sua participação nas cidades e junto das administrações locais na transição climática.
Os consumidores são a principal voz da mudança e o maior indicador para o poder local. Com o seu testemunho e avaliação vamos exigir respostas e soluções para os problemas que os munícipes vivem em consequência da atual crise climática.
O seu contributo será essencial para garantir que os cidadãos estão preparados, envolvidos e protegidos face às alterações climáticas.
Ao receber o seu testemunho, a DECO vai contactar a câmara municipal, partilhar o seu problema e reivindicar uma medida concreta que responda às suas preocupações e torne o seu município mais sustentável. Durante esta campanha, mantê-lo-emos informado sobre os desenvolvimentos desta ação e as medidas que a Associação adotará para garantir que os municípios cumprem a Lei de Bases do Clima.
A DECO irá continuar a analisar todos os planos de adaptação às Alterações Climáticas já aprovados, apresentando aos municípios o resultado da sua análise, os testemunhos dos consumidores e denunciando todas as ações ou omissões danosas que acelerem ou contribuam para as alterações climáticas.
Contamos com a sua participação e voz para garantir uma transição inclusiva e uma maior justiça ambiental.
Defender e empoderar os consumidores na transição para uma economia circular e digital, na proteção do ambiente e na construção de uma sociedade mais justa, inclusiva e sustentável faz parte da visão da DECO.
Com o projeto Consumers Go Green, a DECO quis despertar a consciência dos consumidores mais novos para os impactes e benefícios das suas escolhas no equilíbrio do planeta. Realizaram-se 8 conferências digitais com um forte envolvimento de toda a comunidade educativa: assistiram 63 escolas DECOJovem com a participação de cerca de 7000 alunos. Conheça mais aqui.
Através do projeto #plasticoamais, a Associação tem exigido que as empresas assumam a sua responsabilidade e eliminem ou apresentem alternativas para as embalagens com plástico a mais. Este projeto está em curso desde 2019 e até ao momento recebemos 1 419 denúncias dos consumidores. Visite as redes sociais do Plástico a Mais e veja os exemplos que nos têm sido enviados. Conheça mais aqui.
Apelamos também aos decisores políticos que reconheçam o ambiente como um direito dos consumidores e criem um enquadramento legal que promova a conceção ecológica de forma mais transversal, a proteção do ambiente e a circularidade sempre que possível. Conheça mais aqui.
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