Portugal, sobretudo os distritos de lisboa, Santarém, Portalegre, Évora e o Algarve, foi assolado por enormes chuvadas que terminaram em inundações. Milhares de consumidores perderam quase todos seus bens, sobretudo casas e veículos. Os danos sofridos são avultadíssimos, sendo necessário acionar os seguros.

A DECO manifesta o seu apoio a todos lesados e reivindica, novamente, a criação de um Fundo de Catástrofe que proteja os consumidores nestas circunstâncias.

 

Foi um dos milhares de portugueses prejudicados pelas intensas chuvas dos últimos dias?

Os últimos dias foram desoladores para muitos portugueses que viram os seus bens sofrerem danos causados pelas inundações e deslizamentos de terra.

Agora que a tempestade acalmou, é tempo de fazer contas aos estragos. No entanto, as notícias não são animadoras para a maioria dos consumidores, uma vez que apenas uma pequena parte contratou seguros que protegem os seus bens em casos de fenómenos metereólogos extremos.  A DECO pergunta novamente: Para quando a criação de um Fundo de Catástrofe que proteja todos os consumidores que, à data de hoje estão totalmente desprotegidos e a terem de suportar elevados prejuízos sozinhos? Como pode o consumidor agir?

 

Tem um seguro?

Siga os esclarecimentos da DECO:

Verifique as condições contratuais dos seus seguros. Caso tenha contratado uma cobertura que o proteja contra as consequências de fenómenos naturais, como “tempestades”, “inundações”, “aluimento de terras” e “demolição e remoção de escombros”, reúna fotografias dos danos sofridos e contacte a sua seguradora dando conta do que aconteceu.

 

Tem dificuldade em interpretar a apólice e as condições contratuais? Já participou o sinistro e tarda em chegar a resposta da Companhia de Seguros? Contacte os nossos serviços e o Gabinete de Apoio ao Consumidor vai analisar a situação que nos expôs e irá entrar em contacto consigo.

 

Não tem seguro?

Infelizmente pertence à grande maioria de consumidores que não subscreveu um seguro, seja porque desconhecia que o podia fazer ou porque não tem capacidade económica para contratar mais esta cobertura. Ciente desta realidade, a DECO tem defendido, nos últimos anos, junto do Governo que reconheça a situação de fragilidade em que muitos consumidores e seus bens se encontram face a fenómenos climáticos extremos, incluindo também os incêndios que daí decorram e crie um Fundo de Catástrofe que os proteja perante estes eventos.

 

Concorda com a criação de um Fundo de Catástrofe?

Considera que o seu Município pode melhorar na adaptação e mitigação às alterações climáticas? Tem ideias de como podemos tornar o seu Município sustentável e amigo dos consumidores? Façamos chegar o seu testemunho e vamos exigir respostas e soluções para os problemas que os munícipes vivem em consequência da atual crise climática. Confira ainda os resultados da análise da DECO às medidas dos municípios para enfrentar as alterações climáticas e avalie também o seu município.

 

Detetou ainda outros problemas na sua freguesia?

As inundações provocaram ainda problemas com a iluminação na sua rua ou com a recolha dos resíduos urbanos ou nos abrigos das paragens de autocarro, por exemplo? Faça-nos também chegar essas situações e contactaremos as entidades competentes com vista à rápida reposição da normalidade.

 

Quais são os próximos passos da DECO?

A DECO vai acompanhar os consumidores nos seus processos de sinistro junto das seguradoras e denunciará eventuais atrasos no pagamento das indemnizações.

 

Iremos também retomar o contacto junto do Gabinete do Secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços que em julho nos informou estar a avaliar, juntamente com o apoio da Direção Geral do Consumidor, a viabilidade do Fundo de Catástrofe proposto pela DECO. É evidente que não podemos mais marcar passo quanto à criação deste Fundo. Saiba mais sobre o comunicado que divulgamos aqui.

 

Para além deste Fundo, a Associação considera fundamental que o Estado imponha às seguradoras, de forma obrigatória e automática, a cobertura destes riscos, como fenómenos meteorológicos extremos, fenómenos sísmicos e incêndios, no âmbito de contratos de seguro obrigatórios ou facultativos, mas de forma disseminada.