O montante total de crédito à habitação caiu em outubro 1% para 99 mil milhões de euros, face a outubro de 2022. Esta diminuição fica a dever-se, por um lado, às amortizações antecipadas e, por outro, ao abrandamento da procura. Foi a maior queda anual desde março de 2018.
O efeito da amortização antecipada e do abrandamento da procura
Com o aumento das taxas de juro Euribor a agravar o valor das prestações mensais do crédito à habitação, muitos consumidores têm decidido usar poupanças para amortizar antecipadamente parcial ou totalmente os seus créditos poupando assim no valor a pagar em juros.
De acordo com os dados divulgados pelo Banco de Portugal a variação do ‘stock’ de crédito à habitação em relação a setembro foi de -0,16%.
O crédito ao consumo a abrandar
Já relativamente ao total de empréstimos ao consumo o montante total era de 21,1 mil milhões de euros em outubro, mais 3,5% do que em outubro de 2022. Face a setembro a variação foi de 0,41%.
Os depósitos dos particulares com uma ligeira subida
Os depósitos dos particulares aumentaram apenas 0,3% em outubro, atingindo os 75,2 mil milhões de euros. De acordo com o Banco de Portugal em outubro, “continuou a verificar-se a tendência de substituição de depósitos à ordem por depósitos a prazo”. Atualmente, por cada 100 euros “estacionados” em depósitos à ordem, as famílias têm 113 euros aplicados em depósitos a prazo. Há um ano, esse rácio era de 103 euros.
Mais informação: Poupança: Como conseguir poupar?
O rácio de empréstimos sobre depósitos de particulares
No final de outubro de 2023, o rácio de empréstimos sobre depósitos de particulares foi de 73%, ou seja, por cada 100 euros de depósitos de particulares, os bancos concederam 73 euros de empréstimos a particulares. Este indicador atingiu o seu valor mínimo em julho de 2022 (70%), e tem-se mantido abaixo dos 100% desde junho de 2013.
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