Com o aumento da esperança média de vida e com o valor das pensões a encolher, é cada vez mais recomendado que se comece a criar uma poupança o mais cedo possível.
No ano 2024, as pensões vão aumentar entre 5,2% e 6,2%, mas as previsões da Comissão Europeia apontam para que o valor das reformas caia para metade nos próximos 25 anos.
De acordo com as últimas projeções da Comissão Europeia, o valor das reformas pagas pelo Estado cairá para quase metade nos próximos anos, passando de um valor equivalente a 84,9% do último vencimento em 2025, para 43,5% em 2050.
Assim, impõe-se planear antecipadamente a reforma, para que um dia se possa manter um nível de vida idêntico ao que se possuía na idade ativa.
Poupar para a reforma deve ser encarado como um objetivo ao longo da vida ativa, devendo iniciar-se logo que se entra no mercado de trabalho.
Quais os produtos financeiros que se podem utilizar para poupar para a reforma?
O objetivo essencial é chegar à reforma com segurança financeira e mantendo a qualidade e padrão de vida. Iniciar cedo a preparar a reforma e ser consistente e regular nas poupanças para esse fim será a chave para acumular um fundo substancial para a reforma.
A poupança para a reforma pode ser feita de muitas formas e com recurso a vários produtos financeiros. Para além dos depósitos a prazo e do investimento em terrenos, imobiliário, ouro ou arte e dependendo do risco a assumir, existem vários produtos financeiros no mercado. Por exemplo:
- Planos Poupança Reforma-PPR ,
- Certificados de aforro e do tesouro;
- Seguros de capitalização,
- Carteiras de fundos de investimento,
- Ações
- ou imóveis.
Entre os portugueses os mais populares são os PPR. As razões desta preferência são diversas, mas desde logo por exigirem montantes de subscrição baixos, por serem uma forma simples e diversificada de poupar e com benefícios fiscais associados .
A importância de planear: definir objetivos e metas
Definir o montante a destinar à poupança é um exercício difícil, sobretudo quando se está no início da vida ativa.
A quantia depende do rendimento que se aufere, do que se espera vir a receber, da idade com que se começa a poupar e ainda da remuneração que se espera obter com as aplicações financeiras escolhidas. O que é importante é que se estipule um montante e se verifique regularmente se este se adapta ao objetivo definido.
Mais informação: Poupança: Como conseguir poupar?
A importância da capitalização de juros compostos?
Albert Einstein descreveu os juros compostos como a “oitava maravilha do mundo”.
A capitalização de juros permite reinvestir os juros de um determinado investimento, de forma continuada. Assim os juros vencidos são integrados no processo de capitalização e passam eles próprios a produzir juros, ou seja temos juros de juros. Pode dizer-se que os rendimentos são incorporados no capital inicial, obtendo-se um novo capital maior do que o inicial, que também será remunerado
A capitalização de juros compostos é uma noção de investimento muito relevante, pois os juros futuros passam a incidir sobre os capitais investidos e sobre os juros obtidos no passado
O efeito de capitalização permitirá multiplicar de forma exponencial o valor da poupança. Se já está num período da vida mais maduro, 40 ou 50 anos, terá de fazer uma poupança mensal mais elevada para conseguir acumular um montante que permita manter o nível financeiro.
Plano Poupança Reforma, é um opção?
O Plano Poupança Reforma (PPR) é uma das melhores e mais fáceis formas de poupar para a reforma.
Trata-se de uma solução de aforro a prazo, para a reforma e com garantia de benefícios fiscais, quer “à entrada”, na subscrição, quer “à saída”, no resgate.
Existem várias opções, a partir de montantes reduzidos por mês, que conjugam fatores como a idade, o horizonte temporal da poupança, o perfil de risco e a expectativa de rendibilidade para melhor determinarem qual o esforço que o consumidor tem de fazer para obter o montante de reforma que pretende.
Existem vários tipos de PPR ?
Sim, temos:
- Fundo PPR – Com risco e sem capital garantido, integra uma maior incidência de ações;
- Seguro PPR – Mais conservador e com capital garantido, incorpora essencialmente obrigações.
Estes produtos financeiros têm benefícios fiscais?
Esta é outra vantagem dos PPR, no resgate, quando o reembolso é feito em forma de capital (de uma só vez) é a taxa de tributação mais reduzida (8%, em alternativa à maioria dos produtos de poupança, sujeitos a 28%)),
Se optar por receber em prestações regulares (rendas) será tributado em sede de IRS como rendimento da categoria H (equivalente a pensão).
Princípios que devem ser seguidos quando se decide poupar para a reforma:
Poupar dinheiro para a reforma nem sempre é fácil, deve ter em atenção que:
- quanto mais cedo se começar a poupar, melhor! Mesmo que o montante seja pequeno é um esforço que compensará;
- o esforço de poupança deve ser regular. Não importa se a regularidade é mensal, trimestral ou anual, o relevante é que haja sempre uma parcela do rendimento destinada à poupança para a reforma;
- as aplicações escolhidas devem ter em conta a idade;
- não se deve tocar na poupança acumulada para a reforma. Daí ser importante ter um fundo de emergência para fazer face a imprevistos.
DICA DA DECO: Seja qual for a solução de investimento por que opte para aplicação das suas poupanças, deve atender ao seu perfil de investidor, avaliando o risco a assumir.
A poupança para a reforma não pode ser subestimada, sendo crucial a escolha de produtos financeiros adequados. Comece cedo a planear a reforma para garantir estabilidade financeira e segurança no futuro.
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