A taxa de juro dos contratos de crédito à habitação celebrados nos últimos três meses baixou de 4,38%, em outubro, para 4,366%, em novembro. Foi a primeira queda em  dois anos.

 

Os dados divulgados pelo  Instituto Nacional de Estatística (INE), no  dia 19 de dezembro,  permitem verificar que a  taxa de juro dos contratos celebrados nos últimos três meses baixou de 4,38% em outubro para 4,366% em novembro. Todavia o valor médio da prestação dos contratos subiu 11€  face ao mês anterior, para 655€ em novembro (aumento de 29,2% face ao mesmo mês do ano anterior). Este aumento ficou a dever-se ao aumento de 0,8% do capital em dívida.

 

No entanto, a taxa de juro implícita do conjunto dos contratos de crédito à habitação registou  em novembro o vigésimo aumento mensal consecutivo, com a taxa de juro a fixar-se nos 4,524% em novembro. O INE refere no comunicado que é  “o valor mais elevado desde março de 2009, traduzindo uma subida de 9,1 pontos base face a outubro (4,433%)”.

 

Cabe referir que  o INE   faz referência a que “pelo sexto mês consecutivo, os aumentos da taxa de juro implícita têm vindo a ser progressivamente menos intensos”.

 

Na generalidade dos contratos a prestação média fixou-se em 396€ em novembro, “o valor máximo desde o início da série (janeiro de 2009), mais 4€ que em outubro e mais 108€ que em novembro de 2022, o que traduz um aumento mensal de 1,0% (1,6% no mês anterior).”

 

Composição da prestação do crédito à habitação

A prestação do crédito à habitação da generalidade dos contratos continua  a subir e também o peso dos juros não pára  de aumentar.

 

De acordo com o  INE, em novembro, a parcela da prestação da casa relativa a juros representou 61% da prestação média, o que compara com 29% em novembro de 2022.

 

O valor médio da prestação foi de 396€, 240€ (61%) correspondem a pagamento de juros e 156€(39%) a capital amortizado

 

Fonte: INE

 

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