A DECO assinala o Dia Mundial da Poupança, 31 de outubro que este ano, 2024, celebra o seu centenário. Criada em outubro de 1924, esta data tinha já o objetivo de alertar os consumidores para a necessidade de gerirem os gastos e de amealhar alguma liquidez, de forma a evitar situações de endividamento ou até sobre-endividamento.

De acordo com os dados recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE), o rendimento disponível bruto (RDB) das famílias aumentou 2,2% face ao trimestre anterior, tendo a taxa de poupança apresentado, no segundo trimestre, uma subida para 9,8%. Trata-se de uma subida de 0,6 pontos percentuais (p.p.) em relação ao trimestre anterior, o que ainda é insuficiente para alcançar a média europeia de 15,2.

 

É fundamental que as famílias interiorizem o hábito de poupar, o que não só ajuda a amealhar dinheiro todos os meses, como permite adotar estratégias para gastar menos.

 

O valor poupado pode ser para criar um fundo de emergência, fazendo face a imprevistos, por exemplo, uma obra inesperada, um eletrodoméstico que necessita ser substituído, uma situação de baixa ou de desemprego. O fundo de emergência deve ter um valor, no mínimo, correspondente a seis vezes o valor das suas despesas mensais.

 

Se tem a ideia de que o seu dinheiro não chega para ter uma poupança, a DECO sugere-lhe algumas estratégias para economizar, canalizando o valor que não gastar para a poupança.  Não esquecendo que, posteriormente, deverá aplicar a poupança para assim fazer crescer o seu dinheiro.

 

Sabe qual o valor que deve destinar mensalmente para a poupança?

 

Esta resposta depende de vários fatores, como os rendimentos e as despesas.  Existe uma regra em matéria de gestão das finanças pessoais que partilhamos consigo: retire do seu salário e poupe, pelo menos, entre 10% a 20% dos rendimentos líquidos mensais.

 

Se gosta de regras, a DECO apresenta-lhe a regra dos 50/30/20, que se traduz em: 50% do rendimento é destinado às necessidades básicas, 30% aos desejos e 20% para poupança ou investimento. Essa divisão pode ajudá-lo a, por um lado, manter equilibrado o seu orçamento e por outro a controlar e limitar o que são os gastos com as suas despesas essenciais. A regra contempla ainda um valor para os desejos, sonhos, lazer e, simultaneamente, destina uma quantia significativa para o futuro.

 

 Se retirar 10%, 20% não for para si, a nossa Associação descreve-lhe outro desafio de poupança

 

A poupança dos 12 meses – um desafio que acaba por se revelar divertido e fácil de implementar.

 

Pode começar com um valor baixo, por exemplo 10€, adicionando todos os meses essa quantia.  Isto significa que, na segunda vez poupará 20 euros e assim sucessivamente. Se seguir este plano partindo do valor inicial de 10€, no final de 12 meses, vai conseguir poupar 780 euros. 

 

Não se esqueça que os hábitos de poupança podem ser ajustados à sua realidade e necessidades, devendo ser um exercício debatido em família.  O importante é poupar!

 

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