O CONJUNTO DIVERSIFICADO DE MEIOS DE PAGAMENTO SIGNIFICOU NOVOS DESAFIOS PARA OS CONSUMIDORES. DE TODOS OS MODELOS, O NUMERÁRIO CONTINUA A SER O MEIO QUE APRESENTA MAIS VANTAGENS PARA OS CIDADÃOS.

A DECO alerta os consumidores para os desafios dos meios digitais de pagamento e reforça a ideia que o formato de pagamento que tem mais vantagens para os consumidores é o pagamento em dinheiro físico (notas e moedas).

Atualmente, os consumidores têm à sua disposição um conjunto diversificado de meios de pagamento, nomeadamente, o dinheiro físico, também conhecido como numerário (notas e moedas); os cartões débito/crédito, cheques e mais recentemente e de forma crescente, a utilização dos canais digitais, entre outros.

Numa sociedade cada vez mais atenta às novidades tecnológicas e ao conforto e comodidade que estas proporcionam, a utilização do digital tem vindo a ganhar espaço no quotidiano de muitos consumidores. A pandemia COVID-19 e a consequente aplicação de medidas de controlo e mitigação promoveram também o aumento significativo da utilização do digital, inclusive com o incentivo ao uso de meios de pagamento eletrónicos, como por exemplo a utilização de cartões de pagamento com tecnologia contactless.

Desafios do meios digitais de Pagamento

Porém, a promoção do digital no sector bancário, sobretudo, nos meios de pagamento tem trazido desafios ao consumidor mais vulnerável, isto é, àquele que não tem acesso a estas novas ferramentas ou que se depara com dificuldades na sua utilização, promovendo-se desta forma a exclusão financeira destes consumidores.

Assistimos a algo semelhante em 2019, com o fim das cadernetas bancárias e sua substituição por cartões de débito. Esta alteração veio, por um lado, evidenciar a falta de competências de literacia digital e financeira e, por outro, agravar, em muitos casos, os custos para os consumidores com os meios de movimentação da sua conta.

Vantagens do pagamento em numerário

O digital traz também vantagens ao consumidor no que respeita aos meios de pagamento  já que os torna, por exemplo, mais seguros. Contudo, associado à sua utilização há um conjunto de custos a que o consumidor deve estar atento, nomeadamente a disponibilização do cartão de débito que poderá implicar o pagamento de anuidades e comissões.

Não devemos esquecer que, segundo dados do Banco de Portugal, o meio de pagamento mais privilegiado continua a ser o numerário, para além de ser o que apresenta um menor custo para o consumidor.

Assim, é essencial garantir que numa economia cada vez mais digital, os consumidores dependentes de dinheiro físico não sejam excluídos e que o direito de escolha sobre o  meio de pagamento a utilizar seja uma decisão individual, baseada em informação clara e adequado à sua realidade.