O consumo de bebidas energéticas tem aumentado significativamente nos últimos anos, especialmente entre os jovens. Estas bebidas são amplamente promovidas como uma forma eficaz de aumentar a energia, a concentração e a resistência física. No entanto, os consumidores estão cada vez mais preocupados com os possíveis riscos à saúde associados ao seu consumo frequente.

 

Na verdade, as bebidas energéticas contêm altos níveis de cafeína e outros ingredientes estimulantes, como taurina, guaraná e ginseng, além de elevados níveis de açúcar.

Embora as empresas que produzem bebidas energéticas promovam os benefícios dos seus produtos, estudos científicos mostram que o consumo excessivo pode originar problemas graves de saúde.
Os consumidores, especialmente os pais e educadores, expressam preocupações sobre a facilidade com que adolescentes e crianças conseguem comprar e consumir essas bebidas.

 

Em muitos casos, os avisos sobre os riscos de consumo excessivo de cafeína são pouco visíveis nas embalagens. Também nas prateleiras dos supermercados estas bebidas surgem frequentemente posicionadas junto a refrigerantes e sumos, confundindo os consumidores sobre as suas verdadeiras características.

 

Além disso, o consumo combinado de bebidas energéticas e álcool é uma prática relativamente comum entre os jovens, o que pode ser extremamente perigoso. As bebidas energéticas podem mascarar os efeitos do álcool, levando a um consumo excessivo e a uma falsa sensação de sobriedade, aumentando o risco de acidentes e outros comportamentos perigosos.
Portanto, é essencial que sejam implementadas medidas rigorosas para regular a venda e o consumo de bebidas energéticas, pelo que a DECO propõe:

Reforço da informação aos consumidores no momento da compra:

Colocação de avisos sobre os potenciais efeitos nocivos das bebidas energéticas e as doses diárias recomendadas de cafeína nos pontos de venda físicos e online.
Delimitação e identificação clara das bebidas energéticas nos postos de venda para distingui-las de refrigerantes, sumos e outras bebidas.

Informação no rótulo/embalagem:

Introdução obrigatória de uma mensagem informativa destacada quanto aos potenciais efeitos nocivos das bebidas energéticas.

Regulação da venda e consumo de bebidas energéticas a menores:

Proibição da venda e consumo de bebidas energéticas a menores de 16 anos e recomendação de consumo moderado até aos 18 anos.

 

Estamos convictos de que estas medidas contribuirão significativamente para a proteção da saúde dos nossos jovens e para uma maior consciencialização dos consumidores sobre os riscos associados ao consumo frequente de bebidas energéticas.