NO ÂMBITO DA AGENDA DO CONSUMIDOR, A DECO RECOMENDA A ISENÇÃO DA TAXA MUNICIPAL DE DIREITOS DE PASSAGEM (TMDP).
No contexto de reflexão e debate que antecede as próximas eleições autárquicas, a DECO trabalhou num conjunto de propostas que considera prioritárias na esfera de intervenção do poder local, tendo, entre outras medidas, recomendado a isenção da Taxa Municipal de Direitos de Passagem (TMDP), no âmbito da AGENDA DO CONSUMIDOR.
Isenção da TMDP
A DECO defende que as autarquias locais atribuam uma isenção temporária às empresas que oferecem redes e serviços de comunicações eletrónicas no pagamento da Taxa Municipal de Direitos de Passagem (TMDP) na expansão e melhoria da rede existente, tendo como contrapartida a garantia do aumento, por parte das operadoras de comunicações, de uma cobertura de rede que permita aos consumidores um melhor acesso digital a serviços essenciais.
Qual o motivo desta recomendação?
O mundo digital veio para ficar e facilita cada vez mais a vida dos consumidores. Embora a DECO reconheça que alguns Municípios têm vindo a implementar medidas no âmbito da necessária transição digital, sabemos que são ainda muitos os consumidores que continuam sem poder beneficiar de um acesso à internet com a qualidade e velocidade suficientes para uma utilização aceitável, sobretudo na área dos serviços essenciais.
O objetivo
A Lei das Comunicações Eletrónicas estabelece que os direitos e encargos relativos à implantação, passagem e atravessamento de sistemas, equipamentos e demais recursos das empresas que oferecem redes e serviços de comunicações eletrónicas acessíveis ao público podem dar origem ao estabelecimento de uma taxa municipal de direitos de passagem (TMDP).
No entanto, as autarquias locais podem optar por não cobrar a TMDP, ou fixar um valor mais baixo, tendo como contrapartida o desenvolvimento da rede, permitindo assim servir todos os consumidores/munícipes da região de acessos aptos e eficientes às necessidades da comunidade local. A DECO considera que a isenção da TMDP pode funcionar como incentivo ao desenvolvimento de uma melhor cobertura de rede, beneficiando os consumidores, permitindo-lhes desenvolver competências digitais e, assim, fazer verdadeiramente parte da transição digital.
Conheça a Agenda do Consumidor aqui ou através deste documento interativo:
Notícias relacionadas:
A DECO reivindica Ficha de Informação Normalizada para Água e Resíduos
09/10/2024
Com o objetivo de fortalecer a relação entre as entidades gestoras e os consumidores e garantir uma maior transparência na informação, a DECO defende que, logo no momento da contratação, além das condições contratuais do contrato de prestação dos serviços de água, saneamento e resíduos, deve ser entregue ao consumidor uma Ficha de Informação Normalizada (FIN), à semelhança da que existe no setor da energia, com um resumo das principais informações.
Água e Resíduos: Regulamento aquém das expectativas
21/06/2024
O Regulamento da qualidade do serviço prestado nos setores da água e resíduos foi publicado em abril deste ano, mas sem compensações automáticas para os consumidores, exigindo que o consumidor apresente reclamação escrita de cada incumprimento para que lhe seja atribuída a respetiva compensação. Além disso, o pagamento das compensações aos consumidores só produzirá efeitos a partir de abril de 2025.
Poupar água não pode pesar no bolso dos consumidores
27/03/2024
A DECO apela à poupança do consumo de água, mas também da carteira dos consumidores algarvios! Para tal, a DECO reclama apoios financeiros para que as famílias possam adotar práticas de eficiência hídrica.