Na sequência da consulta pública sobre o Plano de Recuperação e Resiliência, a DECO apresentou os seus contributos, reconhecendo a pertinência e a importância deste Plano, e reforçando a necessidade de que os efeitos da pandemia sobre os consumidores sejam avaliados e priorizados na reposição do equilíbrio da economia e no reforço dos seus direitos.
Assim, a DECO, considerou, ainda ser importante a adoção de medidas que assegurem:
- Uma recuperação assente nos quatro pilares que fundamentam a Nova Agenda do Consumidor: a transição ecológica, a transição digital, a proteção dos consumidores vulneráveis e a aplicação e governação dos seus direitos;
- O reforço do sistema de saúde e a gestão de crise da saúde pública, reduzindo os impactos de novas pandemias e garantindo medidas que reforcem eventuais recuperações socioeconómicas;
- A proteção dos consumidores no quadro dos serviços financeiros e nas medidas que suportem a recuperação económica das famílias;
- A proteção dos consumidores turistas, em particular, no setor da aviação mediante a criação de um enquadramento legislativo que lhes assegure uma tutela jurisdicional efetiva;
No âmbito das componentes do Plano, a DECO apresentou, também, propostas relativas a diversas áreas, nomeadamente, Habitação, Transportes e Mobilidade, Respostas Sociais e Eficiência Energética dos Edifícios. Destacam-se, entre as medidas propostas, a necessidade de:
- Assegurar a manutenção da casa de morada de família dos consumidores em caso de situações de sobre-endividamento, evitando-se o desamparo de muitas famílias que atualmente se veem confrontadas com cessação de rendimentos e que não encontram nas soluções atuais, respostas às reais necessidades económicas.
A DECO continuará a acompanhar a implementação do Plano, não deixando de procurar medidas que reforcem os direitos dos consumidores.
Notícias relacionadas:
A DECO reivindica Ficha de Informação Normalizada para Água e Resíduos
09/10/2024
Com o objetivo de fortalecer a relação entre as entidades gestoras e os consumidores e garantir uma maior transparência na informação, a DECO defende que, logo no momento da contratação, além das condições contratuais do contrato de prestação dos serviços de água, saneamento e resíduos, deve ser entregue ao consumidor uma Ficha de Informação Normalizada (FIN), à semelhança da que existe no setor da energia, com um resumo das principais informações.
Água e Resíduos: Regulamento aquém das expectativas
21/06/2024
O Regulamento da qualidade do serviço prestado nos setores da água e resíduos foi publicado em abril deste ano, mas sem compensações automáticas para os consumidores, exigindo que o consumidor apresente reclamação escrita de cada incumprimento para que lhe seja atribuída a respetiva compensação. Além disso, o pagamento das compensações aos consumidores só produzirá efeitos a partir de abril de 2025.
Poupar água não pode pesar no bolso dos consumidores
27/03/2024
A DECO apela à poupança do consumo de água, mas também da carteira dos consumidores algarvios! Para tal, a DECO reclama apoios financeiros para que as famílias possam adotar práticas de eficiência hídrica.