Apenas com a cooperação de todos os parceiros, entidades públicas, sector privado e sociedade civil, será possível mudar mentalidades, ambicionando a erradicação, ou pelo menos, uma acentuada diminuição da contrafação e da pirataria de produtos.
Vivemos num mundo global que, apesar de ser cada vez mais tecnológico, continua a registar enormes disparidades sociais, culturais, económicas, políticas, ambientais, relembrando que ainda há trabalho a empreender.
A contrafação e a pirataria são fatores disruptivos que agravam estas disparidades ao prejudicarem o trabalho, a criatividade, a competitividade e os esforços em inovação, explorando as desigualdades, carências e fragilidades dos cidadãos e do sistema, tendo em vista apenas o lucro e o benefício das organizações criminosas.
Estes fenómenos são altamente prejudiciais para a economia, com repercussões graves na competitividade das empresas, sendo igualmente graves para o consumidor, nomeadamente a contrafação de produtos passíveis de colocar em risco a sua segurança, a saúde pública e o ambiente. Tem sido preocupação do Grupo Anti Contrafação – GAC, desde a sua criação, propiciar sinergias entre os seus membros, permitindo a melhoria das estratégias de combate à contrafação e à pirataria.
Neste âmbito, realizou-se, no dia 13 de abril, a 15ª Reunião de Alto Nível do GAC, para apresentação dos Relatório de Atividades de 2021 e Plano de Atividades para 2022, ambos aprovados por unanimidade.
O Relatório de Atividades de 2021 revela dados relativos às apreensões efetuadas pela AT, PSP, GNR e ASAE, as quais ascenderam a um total 2.941.505 unidades de produtos contrafeitos ou pirateados, sendo um sinal inequívoco de que, apesar das contingências impostas pela pandemia, as entidades de Enforcement portuguesas continuaram a realizar o seu trabalho com a mesma tenacidade e resiliência.
Relativamente à evolução do número de apreensões verificamos que, em 2021, houve um aumento significativo do número de apreensões face a 2020, de cerca de 112%. Embora os resultados anteriores sejam manifestamente positivos, demonstram que ainda existe um caminho a percorrer, sobretudo no que respeita a atividades de educação e sensibilização para a Propriedade Industrial. Importa, por um lado, informar, através campanhas de informação e sensibilização, os consumidores sobre os riscos da contrafação e pirataria de bens, sublinhando-se a grande pertinência de esclarecer os mais jovens acerca da importância de protegerem os seus direitos de Propriedade Intelectual. E, por outro, alertar as empresas para a necessidade de defenderem os seus ativos.
O objetivo do GAC para 2022 passa por dar continuidade ao trabalho que tem vindo a desenvolver e que só é possível pela permanente cooperação entre as várias entidades públicas, o sector privado e a sociedade civil.
Notícias relacionadas:
Idosos mais informados sobre práticas comerciais desleais
21/10/2024
A DECO realizou uma sessão de sensibilização dirigida mais de 60 idosos sobre práticas comerciais abusivas. Esta iniciativa, intitulada “Informar para Proteger”, decorreu no dia 11 de outubro, no Centro Social Recreativo e Desportivo de Ota, tratando-se de uma parceria com o Serviço Municipal de Informação ao Consumidor de Alenquer, a Proteção Civil, a Ação Social da Autarquia e a GNR.
Green TASTE: ação de formação para professores
10/10/2024
A DECO participou no curso de formação para professores no âmbito do Green Taste, um projeto europeu Erasmus+, de que a Associação é parceira. Esta ação de formação decorreu no Instituto Apicio Colonna Gatti de Anzio e Nettuno, em Itália, nos dias 1 e 2 de outubro, para 21 professores italianos, portugueses e polacos.
DECO apela à alteração da lei das linhas telefónicas de contacto
04/10/2024
A DECO defende que a informação prestada ao consumidor sobre as linhas telefónicas gratuitas para contactar os fornecedores e prestadores de serviço deve estar disponível de forma clara e acessível. Considera, também, que as coimas devem ser mais pesadas sempre que esse dever de informação não seja cumprido.