A DECO constata que os principais bancos em Portugal estão a baixar as taxas de remuneração dos depósitos a prazo, antecipando eventuais cortes das taxas de juro do BCE.

 

Esta rapidez nas descidas contrasta significativamente com a demora que os mesmos bancos demonstraram em aplicar as subidas dos juros, refletindo as medidas do Banco Central Europeu (BCE), prejudicando os interesses dos depositantes.

 

Com efeito, este movimento reforça a apreciação de que o setor tem muito pouca atenção na proporcionalidade e justeza, sempre em prejuízo dos clientes, especialmente dos particulares.

 

Ao retardar a subida, sob justificações pouco convincentes e alinhadas, agravando as taxas de juro dos créditos imediatamente, os principais bancos assimilaram os ganhos resultantes da política monetária do BCE. Com os recentes sinais de que o BCE poderá reduzir as taxas de juro, e embora ainda não o tenha feito, as descidas são imediatas, retirando a remuneração das novas aplicações e desincentivando a poupança.

 

A DECO repudia esta atuação dos principais bancos, reforçando que poderá ser necessária uma intervenção regulatória para se introduzir mecanismos que tragam mais justeza e proporcionalidade na transmissão da política monetária do BCE à economia real do nosso país.

 

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