“Numa altura em que os consumidores sentem diretamente os efeitos desta crise climática e humanitária, nomeadamente, através do aumento dos preços em serviços e bens essenciais, e em que são esperados novos desafios no âmbito da transição energética e digital, seria fundamental que existisse uma Secretaria de Estado totalmente dedicada à defesa dos consumidores” afirma o Presidente da DECO, Luís Silveira Rodrigues.
A DECO receia, assim, que as políticas de consumo sejam diluídas noutras pastas do Governo, e que este se limite a cumprir os mínimos exigidos pela União Europeia. Acreditamos que uma Secretaria de Estado dedicada aos consumidores seria fundamental para acompanhar áreas cruciais de outros Ministérios como o Ambiente, a Cultura, a Energia, a Habitação, a Mobilidade e a Saúde.
Apesar disso, a DECO continuará a exigir que as discussões estratégicas sobre os direitos sociais dos cidadãos e a implementação do Plano de Recuperação e Resiliência coloquem os consumidores no centro das decisões políticas. A associação espera que a ausência de uma Secretaria de Estado não afaste, também, o Estado das suas responsabilidades na proteção dos consumidores.
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