Burlas com Criptomoedas: Risco Crescente no Ciberespaço Financeiro
O investimento em ativos digitais, com destaque para as criptomoedas, tem vindo a crescer de forma exponencial, atraindo investidores pelo potencial de valorização rápida e pelo apelo da descentralização financeira. Contudo, este fenómeno tem, igualmente, motivado um aumento significativo de práticas criminosas, em particular burlas relacionadas com esquemas de investimento fraudulentos.
De acordo com um comunicado divulgado pela PSP, este tipo de burla registou um aumento significativo, potenciado em muito pela falta de literacia financeira e digital das vítimas. O ciberespaço é o palco principal destas fraudes, já que o investimento é promovido e executado através de sites, aplicações ou até caixas ATM de criptomoedas.
Os esquemas utilizados
As burlas associadas ao investimento em criptomoedas assentam, na maioria dos casos, em esquemas de captação de capital alheio com falsas promessas de rentabilidades elevadas e garantidas, aliciando as vítimas através de diferentes canais digitais, nomeadamente:
- Websites e aplicações fraudulentas;
- Anúncios enganosos nas redes sociais;
- Utilização indevida da imagem de figuras públicas para gerar credibilidade;
- Envio de mensagens ou e-mails com links maliciosos.
Os Principais "Truques" dos burlões
Os esquemas são variados, mas há sinais comuns a que todos os consumidores devem estar atentos:
- Uso de imagens de figuras públicas (jogadores, cantores, atores) para gerar confiança;
- Mensagens ou e-mails com links fraudulentos;
- Promessas de rentabilidades elevadas e garantidas em pouco tempo;
- Exigência de pagamentos antecipados;
- Pressão para uma decisão rápida;
- Falta de informação clara sobre o investimento.
O que acontece às vítimas
Frequentemente, as vítimas são levadas a acreditar que estão a ganhar dinheiro, através de plataformas falsas que mostram lucros inexistentes. Mas o investidor perde o controlo total sobre o investimento e o dinheiro acaba por desaparecer.
Este tipo de crimes é, em regra, publicitado em redes sociais, sendo também promovido via e-mail. Neste último caso, são fornecidos links fraudulentos que direcionam a vítima para sites não fiáveis e com promessas de um elevado e rápido retorno e sem risco.
Para tornar tudo ainda mais credível são usadas figuras públicas, sejam jogadores de futebol, atores ou apresentadores de televisão, como promotores e casos de sucesso.
Após a manifestação de interesse, os potenciais investidores são contactados por alegados ” gestores de negócios”, que concedem “ajuda gratuita” aos investidores em criptomoedas, especialmente a quem apresenta pouca literacia digital ou poucos recursos informáticos, sugerindo o uso de aplicações (com fins fraudulentos) e dando instruções sobre os passos a dar, sempre sem fornecer grandes detalhes sobre o investimento, mas apelando constantemente à urgência do mesmo.
Para tornar mais credível a burla, as vítimas são depois direcionadas para sites falsos, mas que aparentam ser reais, em que podem acompanhar os seus alegados investimentos e a rentabilidade que estarão a ter.
Tudo se passa em plataformas digitais falsas, mas que aparentam ser verdadeiras.
Ao Gabinete de Proteção Financeira da DECO têm chegado inúmeros relatos de consumidores lesados, sendo o “modus operandi” quase sempre o mesmo.
As vítimas ficam sem o dinheiro investido e muitas vezes colocam em risco o dinheiro que têm no banco ao permitirem, sem disso terem consciência, o acesso remoto às suas contas bancárias.
Como se pode proteger o possível investidor
Quem pretende investir deve adotar alguns comportamentos preventivos, para evitar fraudes. Assim, na dúvida, desconfie, sempre.
Deve antes de avançar:
- Verificar a idoneidade das entidades promotoras — confirmar a existência de registo e licenciamento junto das autoridades competentes;
- Investigar a reputação das plataformas de investimento;
- Evitar clicar em links enviados por entidades desconhecidas;
- Questionar detalhadamente as condições do investimento, incluindo prazos, riscos, garantias e formas de gestão da carteira digital;
- Desconfiar de contactos não solicitados e de propostas de “investimentos de sonho”, muito rentáveis e sem risco.
Consulte: lista de entidades registadas para o exercício de atividades com ativos virtuais
A complexidade das criptomoedas e a perceção de oportunidade rápida tornam este setor especialmente propício à prática de burlas. A adoção de uma postura vigilante e informada é fundamental para mitigar o risco de perdas financeiras significativas e proteger os investidores de esquemas fraudulentos que proliferam no espaço digital.
Note bem: Se for vítima de burla, alerte as autoridades (PSP, GNR, PJ ou Ministério Público) e informe a DECO. A sua denúncia pode ser muito importante para outros consumidores!
Fale com os especialistas do Gabinete de Proteção Financeira através do número 213 710 238, ou envie-nos as suas dúvidas para o e-mail: protecaofinanceira@deco.pt .
Dia da Poupança: comece hoje a poupar
Celebra-se a 31 de outubro o Dia Mundial da Poupança.
Esta efeméride é este ano centenária. Criada em outubro de 1924, este dia tinha já o objetivo de alertar os consumidores para a necessidade de gerirem os gastos e de amealhar alguma liquidez, de forma a evitar situações de endividamento ou até sobre-endividamento.
De acordo com os dados recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE), o rendimento disponível bruto (RDB) das famílias aumentou 2,2% face ao trimestre anterior, tendo a taxa de poupança apresentado, no segundo trimestre, uma subida para 9,8%.
Neste momento a taxa de poupança das famílias encontra-se no nível mais elevado desde o início de 2023, atravessando-se ainda um período com as taxas de juro do crédito à habitação e a inflação altas, mas em que se verificam melhorias reais de rendimentos.
Embora a taxa de poupança dos portugueses esteja a subir, na zona euro, segundo dados do Eurostat, essa taxa é bem mais elevada e fixou-se nos 15,7%, no segundo trimestre deste ano.
É fundamental que as famílias interiorizem o hábito de poupar, o que não só ajuda a amealhar dinheiro todos os meses, como permite adotar estratégias para gastar menos.
Se tem a ideia de que o seu dinheiro não chega para ter uma poupança, lançamos-lhe o desafio de adotar algumas estratégias para economizar, canalizando o valor que não gastar canalizar para a poupança. Não esquecendo que, posteriormente, deverá aplicar a poupança para assim fazer crescer o seu dinheiro.
O valor poupado pode ser para criar um fundo de emergência, fazendo face a imprevistos, por exemplo, uma obra inesperada, um eletrodoméstico que necessita ser substituído, uma situação de baixa ou de desemprego. O fundo de emergência deve ter uma valor no mínimo correspondente a seis vezes o valor das suas despesas mensais.
Mais informação: Planear e gerir o orçamento em família
Sabe o valor que deve destinar todos os meses para a poupança?
Esta resposta depende de vários fatores, como os rendimentos e as despesas. Porém, existe uma regra em matéria de gestão das finanças pessoais: retire do seu salário e poupe, pelo menos, entre 10% a 20% dos rendimentos líquidos mensais.
Se gosta de regras, pode usar a regra dos 50/30/20, que se traduz em: 50% do rendimento é destinado às necessidades básicas, 30% aos desejos e 20% para poupança ou investimento. Essa divisão pode ajudá-lo a, por uma lado, manter equilibrado o seu orçamento e por outro a controlar e limitar o que são os gastos com as suas despesas essenciais. A regra contempla também um valor para os desejos, sonhos, lazer e, ao mesmo tempo, destina uma quantia significativa para o futuro.
Se retirar 10%, 20% não for para si…
Então temos outro desafio de poupança, a poupança dos 12 meses, que acaba por se revelar divertido e fácil de implementar.
Pode começar com um valor baixo, por exemplo 10€, ou até metade, adicionando todos os meses essa quantia. Isto significa que, na segunda vez poupará 20 euros ou 10€ e assim sucessivamente. Se seguir este plano partindo do valor inicial de 10€, no final de 12 meses, vai conseguir poupar 780 euros.
Este desafio pode muito bem ser o seu objetivo financeiro para 2025.
Mês |
Valor a poupar |
Total |
Janeiro | 10€ | 10€ |
Fevereiro | 20€ | 30€ |
Março | 30€ | 60€ |
Abril | 40€ | 100€ |
Maio | 50€ | 150€ |
Junho | 60€ | 210€ |
Julho | 70€ | 280€ |
Agosto | 80€ | 360€ |
Setembro | 90€ | 450€ |
Outubro | 100€ | 550€ |
Novembro | 110€ | 660€ |
Dezembro | 120€ | 780€ |
Não se esqueça que os hábitos de poupança podem ser ajustados à sua realidade e necessidades, devendo ser um exercício debatido em família. O importante é poupar!
Ainda tem mais um desafio: fazer crescer o dinheiro que amealhou, ou seja, investi-lo.
Quer saber como?
Venha ter com a DECO. Fale com os especialistas do Gabinete de Proteção Financeira através do número 213 710 238, ou envie-nos as suas dúvidas para o e-mail: protecaofinanceira@deco.pt .
Poupar para a reforma: um objetivo crucial
Com o aumento da esperança média de vida e com o valor das pensões a encolher, é cada vez mais recomendado que se comece a criar uma poupança o mais cedo possível.
No ano 2024, as pensões vão aumentar entre 5,2% e 6,2%, mas as previsões da Comissão Europeia apontam para que o valor das reformas caia para metade nos próximos 25 anos.
De acordo com as últimas projeções da Comissão Europeia, o valor das reformas pagas pelo Estado cairá para quase metade nos próximos anos, passando de um valor equivalente a 84,9% do último vencimento em 2025, para 43,5% em 2050.
Assim, impõe-se planear antecipadamente a reforma, para que um dia se possa manter um nível de vida idêntico ao que se possuía na idade ativa.
Poupar para a reforma deve ser encarado como um objetivo ao longo da vida ativa, devendo iniciar-se logo que se entra no mercado de trabalho.
Quais os produtos financeiros que se podem utilizar para poupar para a reforma?
O objetivo essencial é chegar à reforma com segurança financeira e mantendo a qualidade e padrão de vida. Iniciar cedo a preparar a reforma e ser consistente e regular nas poupanças para esse fim será a chave para acumular um fundo substancial para a reforma.
A poupança para a reforma pode ser feita de muitas formas e com recurso a vários produtos financeiros. Para além dos depósitos a prazo e do investimento em terrenos, imobiliário, ouro ou arte e dependendo do risco a assumir, existem vários produtos financeiros no mercado. Por exemplo:
- Planos Poupança Reforma-PPR ,
- Certificados de aforro e do tesouro;
- Seguros de capitalização,
- Carteiras de fundos de investimento,
- Ações
- ou imóveis.
Entre os portugueses os mais populares são os PPR. As razões desta preferência são diversas, mas desde logo por exigirem montantes de subscrição baixos, por serem uma forma simples e diversificada de poupar e com benefícios fiscais associados .
A importância de planear: definir objetivos e metas
Definir o montante a destinar à poupança é um exercício difícil, sobretudo quando se está no início da vida ativa.
A quantia depende do rendimento que se aufere, do que se espera vir a receber, da idade com que se começa a poupar e ainda da remuneração que se espera obter com as aplicações financeiras escolhidas. O que é importante é que se estipule um montante e se verifique regularmente se este se adapta ao objetivo definido.
Mais informação: Poupança: Como conseguir poupar?
A importância da capitalização de juros compostos?
Albert Einstein descreveu os juros compostos como a “oitava maravilha do mundo”.
A capitalização de juros permite reinvestir os juros de um determinado investimento, de forma continuada. Assim os juros vencidos são integrados no processo de capitalização e passam eles próprios a produzir juros, ou seja temos juros de juros. Pode dizer-se que os rendimentos são incorporados no capital inicial, obtendo-se um novo capital maior do que o inicial, que também será remunerado
A capitalização de juros compostos é uma noção de investimento muito relevante, pois os juros futuros passam a incidir sobre os capitais investidos e sobre os juros obtidos no passado
O efeito de capitalização permitirá multiplicar de forma exponencial o valor da poupança. Se já está num período da vida mais maduro, 40 ou 50 anos, terá de fazer uma poupança mensal mais elevada para conseguir acumular um montante que permita manter o nível financeiro.
Plano Poupança Reforma, é um opção?
O Plano Poupança Reforma (PPR) é uma das melhores e mais fáceis formas de poupar para a reforma.
Trata-se de uma solução de aforro a prazo, para a reforma e com garantia de benefícios fiscais, quer “à entrada”, na subscrição, quer “à saída”, no resgate.
Existem várias opções, a partir de montantes reduzidos por mês, que conjugam fatores como a idade, o horizonte temporal da poupança, o perfil de risco e a expectativa de rendibilidade para melhor determinarem qual o esforço que o consumidor tem de fazer para obter o montante de reforma que pretende.
Existem vários tipos de PPR ?
Sim, temos:
- Fundo PPR - Com risco e sem capital garantido, integra uma maior incidência de ações;
- Seguro PPR - Mais conservador e com capital garantido, incorpora essencialmente obrigações.
Estes produtos financeiros têm benefícios fiscais?
Esta é outra vantagem dos PPR, no resgate, quando o reembolso é feito em forma de capital (de uma só vez) é a taxa de tributação mais reduzida (8%, em alternativa à maioria dos produtos de poupança, sujeitos a 28%)),
Se optar por receber em prestações regulares (rendas) será tributado em sede de IRS como rendimento da categoria H (equivalente a pensão).
Princípios que devem ser seguidos quando se decide poupar para a reforma:
Poupar dinheiro para a reforma nem sempre é fácil, deve ter em atenção que:
- quanto mais cedo se começar a poupar, melhor! Mesmo que o montante seja pequeno é um esforço que compensará;
- o esforço de poupança deve ser regular. Não importa se a regularidade é mensal, trimestral ou anual, o relevante é que haja sempre uma parcela do rendimento destinada à poupança para a reforma;
- as aplicações escolhidas devem ter em conta a idade;
- não se deve tocar na poupança acumulada para a reforma. Daí ser importante ter um fundo de emergência para fazer face a imprevistos.
DICA DA DECO: Seja qual for a solução de investimento por que opte para aplicação das suas poupanças, deve atender ao seu perfil de investidor, avaliando o risco a assumir.
A poupança para a reforma não pode ser subestimada, sendo crucial a escolha de produtos financeiros adequados. Comece cedo a planear a reforma para garantir estabilidade financeira e segurança no futuro.
Precisa de mais informação?
Entre em contacto os especialistas do Gabinete de Proteção Financeira através do telefone 213 710 238 ou envie-nos as suas dúvidas para o protecaofinanceira@deco.pt
Depósitos a prazo: aproveite os juros antes que desçam
Quem tem dinheiro na conta à ordem ou em depósitos a prazo a render quase nada, está a perder dinheiro. Temos no mercado depósitos a prazo com taxas de juro brutas que superam os 4%. Tendo em conta as previsões para 2024, há depósitos com rendimento acima da inflação.
Ter o dinheiro numa conta à ordem será sempre uma má decisão, pois estará a perder o seu valor.
Será mais interessante analisar o mercado e ponderar fazer um depósito a prazo.
Porém, alertamos para o facto de os depósitos a prazo não serem todos iguais. Há que saber escolher, procurando sempre ganhar mais dinheiro com o seu dinheiro.
Depósitos que pagam acima dos 4%
Alguns bancos portugueses estão já a pagar juros de 4%. Assim, quem tem dinheiro à ordem ou a prazo a render muito pouco, deve colocá-lo num depósito a prazo que renda pelo menos 4%.
Pesquise o mercado, deixamos-lhe aqui alguns exemplos que encontrámos:
Caso 1 - Banco A
- TANB: 4,25% e TANL: 3,0600%
- Novos clientes (um único titular e beneficiário),
- Duração de 3 meses, não é renovável,
- Movimentação antecipada é possível na totalidade, sem penalização de juros.
- Mínimo de 5.000€ e máx. de 50.000€,
- Não permite reforços
Caso 2 - Banco B
- TANB: 4% e TANL: 2,88%
- Depósito Novos Clientes particulares
- Duração de 3 meses, não renovável
- São permitidas mobilizações antecipadas a qualquer momento, parciais ou totais, com penalização total de juros. A mobilização antecipada do depósito implica a penalização total de juros sobre o capital mobilizado.
- Mínimo de constituição: 2.500€ Máximo de constituição: 75.000€
- Não permite reforços
Dados recolhidos a 16-01-2024
Atenção ao prazo: 3 ou 6 meses
Muitos dos depósitos a prazo com juros mais elevados têm prazos muito curtos, normalmente, apenas 3 ou 6 meses. Passado esse tempo, a taxa de juro reduz-se ou regressa a zero.
Porém, depois do prazo decorrido, será possível aplicar esse dinheiro com os juros num outro depósito a prazo que renda igualmente mais 3,5%.
Mais informação: Depósitos a prazo
Outra solução passará por colocar o dinheiro em Certificados de Aforro, que são outro produto de capital garantido. Embora os certificados sejam menos interessantes do que os melhores depósitos a prazo do mercado, podem ser uma alternativa no longo prazo, pois beneficiam do prémio de permanência.
Aproveite os juros antes que desçam
Dentro de algum tempo as taxas de juro máximas dos bancos vão começar a baixar, já que as taxas do BCE deverão, também, começar a descer. Aproveite, pois, esta oportunidade para fazer render o seu dinheiro.
Mais informação: DECO repudia a decisão de baixar taxas de juro nos depósitos
Se tiver dúvidas ou precisar de aconselhamento, contacte as nossas equipas especialistas através do email protecaofinanceira@deco.pt ou do contacto telefónico 213 710 238.
Juros dos depósitos aproximam-se dos 3%
A taxa de juro média dos novos depósitos a prazo de particulares passou de 2,29%, em setembro, para 2,93% em outubro. Mas ficou, ainda, abaixo da taxa média da zona euro que era em setembro de 3,08%.
De acordo com os dados divulgados no início de dezembro pelo Banco de Portugal os juros nos novos depósitos, para particulares, subiram de 2,29% para 2,93%, entre setembro e outubro. É um aumento médio mensal de 0,64 pontos percentuais e que coloca os juros quase na fasquia dos 3%.
Ainda segundo o Banco de Portugal, os novos depósitos até um ano registam a taxa de juro mais elevada, com uma remuneração média de 2,95% (2,31% em setembro).
Seguem-se os novos depósitos de um a dois anos, com juros de 2,15% (2,03% em setembro) e os novos depósitos acima de dois anos, com uma taxa de juro média de 2,13% (2,1% em setembro).
Mais informação: Os depósitos a prazo
Apesar da remuneração dos depósitos ainda não estar em linha com os países do euro, em outubro aumentou o dinheiro entregue por particulares às Instituições financeiras.
O montante dos depósitos tem vindo a crescer, com os portugueses a retirar aplicações à ordem (sem remuneração atrativa) para os novos depósitos que os bancos oferecem. Os depósitos a prazo registaram uma taxa de crescimento de 6,6%, relativamente a outubro de 2022, a mais elevada desde julho de 2012.
Os bancos nacionais continuam com a estratégia de baixas taxas de juro na maior parte dos depósitos, a contrastar com as taxas praticadas nos créditos.
Já os empréstimos de particulares desceram em outubro pela segunda vez consecutiva. No final de outubro de 2023, o montante total de empréstimos a particulares registou um decréscimo em termos anuais (-0,4%) pelo segundo mês consecutivo. O Banco de Portugal justifica este decréscimo, por um lado, com o aumento das amortizações antecipadas e, por outro, com o abrandamento na procura de crédito à habitação.
As taxa de juro dos novos créditos à habitação em Portugal fixou-se em 4,23% em outubro, ligeiramente menos que no mês anterior. Taxas mistas ganham força nos novos empréstimos.
Mais informação: Euribor: ano termina com subidas
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DECO assinala Dia Mundial da Poupança
Este ano, o Dia Mundial da Poupança é marcado pelo cenário de crise, com taxas de inflação e de juros elevadas e baixo poder de compra. A DECO, que tem estado ao lado do consumidor e das famílias em períodos difíceis, assinala a data estreando o projeto SOBREVIVER À CRISE.
A nossa Associação pretende, não só, ajudar as famílias a sobreviver à crise, a avaliar a sua situação financeira, a melhor gerir o seu orçamento familiar e os seus créditos, mas também a identificar barreiras ao seu desenvolvimento, permitindo assim preconizar soluções e delinear um plano de ação eficaz que possibilite evitar ou ultrapassar eventuais dificuldades.
Tendo como missão contribuir para uma melhor literacia financeira, o projeto SOBREVIVER À CRISE ajudará as famílias a ultrapassar a crise económica, tarefa nem sempre fácil, todavia possível com planeamento adequado, algum rigor, foco e perseverança.
Para muitas famílias, pagar todas as suas despesas têm sido muito complicado e os sinais de descida da inflação e das taxas de juros tardam em surgir. Por muita ginástica orçamental que consumidores consigam fazer, os seus rendimentos não crescem, há sempre despesas fixas e as suas poupanças ou já terminaram ou estar perto de se esgotar.
Porém, os momentos de crise, momentos de desafio, tornam-se também oportunidades. As famílias revelam-se mais resilientes, desenvolvendo competências para resistir, lidar e recuperar de choques previsíveis (como por exemplo, a reforma) ou imprevisíveis (o aumento dos preços, desemprego e outras), ambos com consequências financeiras negativas.
Antecipar problemas é uma forma de os resolver e, muitas vezes, evitar que aconteçam. Neste novo espaço, SOBREVIVER À CRISE, será possível recolher apoio e informação para definir uma estratégia nesse sentido. Promover-se-á a identificação de problemas e a elaboração de um diagnóstico financeiro, apresentando e diligenciando soluções possíveis, que permitam ao consumidor assumir o controlo da sua vida financeira, capacitando-o a agir perante uma situação de dificuldade financeira e a tomar decisões informadas.
A DECO quer ajudar o consumidor a assumir com confiança o controlo das suas finanças pessoais, pese embora a nossa aposta seja essencialmente na prevenção e no conhecimento, para que possa agir em conformidade, fazer as melhores escolhas e evitar situações de sobre-endividamento ou mesmo de insolvência.
Neste Dia Mundial da Poupança, em que muitas famílias têm visto as suas despesas aumentarem drasticamente, o que as forçou a redescobrir hábitos de poupança, a DECO considera crucial que, através de uma gestão do orçamento mais eficaz, se procure destinar uma parcela dos seus rendimentos para a poupança, criando, assim, um fundo de emergência.
Ter um fundo de emergência para acautelar o impacto financeiro de alguma situação imprevista, tal como o desemprego, um acidente, doença, despesa inesperada ou a subida das taxas de juro, deverá ser uma meta de poupança das famílias.
Iniciar um mealheiro e fazer crescer as poupanças da família deve ser um objetivo, deve ser o caminho possível para garantir a sua estabilidade financeira no futuro e ao longo da vida.
Venha daí que a equipa da DECO explica como. Passo-a-passo e sem confusões. Saiba como fazer da sua poupança o seu melhor aliado com pequenos gestos, grandes conquistas.
https://youtu.be/XXfT3aL_EuY
Todos estes conselhos sobre como SOBREVIVER À CRISE são explicados em detalhe em www.deco.pt/ProtecaoFinanceira/ um projeto apoiado pelo Fundo para a Promoção do Direitos dos consumidores.
CMVM lançou Portal do Investidor
A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) lançou o Portal do Investidor. Este portal disponibiliza informação sobre como começar a investir, e como o investidor deve proteger os seus investimentos e como a CMVM o pode ajudar.
O Portal do Investidor é um canal digital, com uma navegação intuitiva e uma ferramenta de pesquisa, o que permite melhorar o acesso à informação, a novidades, publicações e estatísticas relacionadas com a atividade da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários.
Novo Portal do Investidor.
Este é um novo espaço digital dedicado a servir todos aqueles que investem ou têm interesse no mercado de capitais. O Portal do Investidor permite encontrar informação de apoio ao investidor e ferramentas– como simuladores de custos e comissões – para que posam tomar uma decisão de investimento consciente e responsável e, simultaneamente, reforçar a sua proteção.
É fundamental que os investidores tenham acesso à informação que lhes permita investir em aplicações financeiras adequadas aos objetivos que definiram, que não assumam riscos indesejados e que a rendibilidade esperada se ajuste às suas expectativas. Antes de escolher aplicações financeiras onde investir as suas poupanças o investidor deve ter em conta as seguintes recomendações:
- informar-se
- ponderar a sua decisão
- fazer um plano de investimento
- diversificar as suas opções e investir de forma progressiva
- conhecer os custos
- evitar contrair empréstimos
Precisa de mais informação?
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