CONSUMIDORES APELAM AOS DECISORES POLÍTICOS PELA INCLUSÃO DO AMBIENTE NOS DIREITOS DOS CONSUMIDORES.
Apesar de os consumidores estarem cada vez mais disponíveis para adotar comportamentos e privilegiar escolhas mais amigas do ambiente, a verdade é que ainda se veem muito limitados na adoção de alguns comportamentos mais sustentáveis, têm dificuldade em identificar os verdadeiros produtos com reduzido impacte ambiental e enfrentam a frustração de ver os seus produtos a avariarem precocemente, sem que possam, em muitos casos, ser reparados ou reutilizados, porque criados para uma utilização única, em contraciclo a uma abordagem de economia circular reconhecida como necessária.
Por isso, a DECO, a ZERO, a ANP | WWF e a LINKED.GREEN consideram fundamental uma alteração à Lei de Defesa do Consumidor que, garantindo uma melhor conceção dos produtos, tenha em atenção o seu impacte no ambiente, por um lado, e melhor informação e direitos aos consumidores, por outro.
Por uma transição ecológica que protege os consumidores
Com a alteração proposta que foi apresentada aos grupos parlamentares, e dada a conhecer à Secretaria de Estado de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, e ao Ministério do Ambiente, as organizações pretendem ver consagrados um conjunto de princípios e direitos que permitam ao consumidor, entre outros aspetos, beneficiar de produtos mais duráveis e com menor impacte ambiental, identificar os produtos e serviços mais sustentáveis, reutilizar embalagens nas suas compras, e, por outro lado, abordar a problemática da produção descartável, sobreembalagem e sobredimensão das embalagens.
As organizações voltam a juntar-se, após o lançamento do Manifesto REFIL, com a apresentação desta proposta que pode conhecer em pormenor neste vídeo e na nosssa página oficial dedicada à campanha, disponível aqui.
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